14 abril 2025
HomeInternacionalEUA Alertam: América Latina como 'Quintal' sob a Sombra da Influência Chinesa

EUA Alertam: América Latina como ‘Quintal’ sob a Sombra da Influência Chinesa

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, caracterizou as regiões da América do Sul e Central como “quintal” do país, expressando preocupação com a crescente influência da China na área, especialmente em relação ao Canal do Panamá. Hegseth destacou que, durante a administração de Barack Obama, houve uma negligência em relação a essa questão, permitindo que a China expandisse sua influência econômica e cultural na região. Segundo ele, a administração de Donald Trump pretende reverter essa situação e recuperar o controle.

As declarações de Hegseth foram feitas no contexto de novos acordos de cooperação entre os Estados Unidos e o Panamá, que foram influenciados por pressões da administração Trump. Os dois países decidiram fortalecer a coordenação em questões de segurança e manifestaram interesse em discutir a possibilidade de reembolsar taxas que os navios de guerra dos EUA pagam ao usar o canal.

Como resultado da pressão norte-americana, o Panamá concordou em permitir a presença de tropas dos EUA em áreas próximas ao canal. O acordo, que se estende por três anos e pode ser renovado, estabelece que as instalações utilizadas pelas forças armadas americanas permanecerão sob a propriedade do Panamá, sendo compartilhadas entre os dois países para fins de treinamento e outras atividades.

Entretanto, o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, rejeitou a proposta de Hegseth de reinstalar uma base militar americana no país, afirmando que a permanência militar contínua é inaceitável e que o Panamá se afastou da concessão de território para bases militares.

A visita de Hegseth ao Panamá se deu em um contexto de tensão gerada pelas declarações de Donald Trump, que repetidamente afirmou que os Estados Unidos pagam um preço elevado para utilizar o Canal do Panamá e levantou preocupações sobre a influência chinesa nas operações do canal, insinuando uma possível recuperação do controle americano sobre essa importante rota comercial.

Após sua reunião com o presidente panamenho, Hegseth alertou sobre as ameaças contínuas que a China representa para o Canal do Panamá, apontando que empresas chinesas mantêm controle sobre infraestrutura crítica na região. Ele enfatizou que essa situação compromete a segurança e a soberania tanto do Panamá quanto dos Estados Unidos, conforme reiterado por Donald Trump.

Hegseth se referiu, em particular, aos portos localizados nas extremidades do canal, atualmente operados por um consórcio com sede em Hong Kong. Existe uma negociação em curso para transferir a participação majoritária desse consórcio para outro grupo que tem a BlackRock Inc. entre seus integrantes, o que, substancialmente, colocaria os portos sob controle norte-americano.

As observações de Hegseth provocaram uma resposta robusta da China, que, por meio de sua embaixada no Panamá, questionou quem realmente representa uma ameaça ao canal e negou qualquer interferência nas operações do local. A embaixada ainda acusou os Estados Unidos de usar “chantagem” para avançar seus interesses. No dia seguinte, Hegseth reiterou suas críticas à China, afirmando que Pequim está investindo na região com o objetivo de alcançar vantagens militares e econômicas desleais.

NOTÍCIAS RELACIONADAS
- Publicidade -

NOTÍCIAS MAIS LIDAS

error: Conteúdo protegido !!