1 maio 2025
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EUA Convidam Índia e Paquistão a Colaborar para Minimizar Tensões

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, solicitou na quarta-feira (30) que a Índia e o Paquistão colaborem para reduzir as tensões, após um recente ataque de militantes islâmicos na Caxemira, administrada pela Índia, que resultou na morte de 26 pessoas, conforme informado pelo Departamento de Estado. Durante sua visita, Rubio manteve conversas separadas com o ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, e com o primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, oferecendo apoio à Índia na luta contra o extremismo e instando o Paquistão a participar da investigação do ataque.

As ligações ocorridas nesta quarta-feira representam um dos mais significativos compromissos diplomáticos conhecidos publicamente entre Washington e as partes envolvidas, com o intuito de atenuar as tensões entre Índia e Paquistão após o ataque ocorrido em 22 de abril. A Índia é considerada um parceiro estratégico dos Estados Unidos na contenção da crescente influência da China, enquanto o Paquistão, embora tenha visto seu papel reduzir-se após a retirada americana do Afeganistão em 2021, ainda é visto como um aliado importante.

Em comunicado após as ligações, o Departamento de Estado descreveu o ataque na Caxemira como um ato de “terror” e “inconcebível”, reafirmando que Rubio enfatizou ao Paquistão a importância de condenar essas ações. Durante a conversa, Rubio solicitou a colaboração das autoridades paquistanesas na investigação do ataque inaceitável. Por sua vez, o gabinete de Sharif revelou que o primeiro-ministro havia pedido a Rubio que solicitasse à Índia uma redução na retórica belicosa.

O secretário de Estado enfatizou a necessidade de que os vizinhos asiáticos, que possuem armas nucleares, trabalhem juntos para “diminuir as tensões, restabelecer a comunicação direta e manter a paz”. A administração americana incentivou outros países a contribuírem para a redução das tensões e solicitou a ambas as nações que busquem uma “solução responsável”. Embora o governo dos EUA tenha condenando o ataque, não houve críticas direcionadas ao Paquistão, que negou responsabilidade e pediu uma investigação imparcial.

A região da Caxemira, predominantemente muçulmana, é reivindicada por ambos os países, sendo que a Índia é majoritariamente hindu e o Paquistão, majoritariamente islâmico. Cada país controla apenas partes da área e já entrou em conflito por causa dela. Após o ataque, a Índia suspendeu um tratado sobre compartilhamento de recursos hídricos e ambos os países fecharam seus espaços aéreos. Além disso, houve troca de tiros ao longo da fronteira. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que possui uma agenda nacionalista hindu, prometeu responsabilizar os culpados, enquanto o Paquistão alarmou para um possível ataque militar iminente por parte da Índia.

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