14 abril 2025
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EUA e Irã em Ponto de Fervura: Negociações Nucleares Enquanto Ameaças de Conflito Crescem

A reunião programada para ocorrer em Omã, localizada no Golfo Árabe, representa a primeira interação direta em uma década entre autoridades iranianas e americanas, com a mediação de intermediários. O ex-presidente dos Estados Unidos estabeleceu um prazo de dois meses para que o Irã aceite um acordo visando a redução ou eliminação de seu programa nuclear. Em uma coletiva recente, a secretária de imprensa da Casa Branca declarou que o objetivo da administração é assegurar que o Irã nunca obtém uma arma nuclear.

A chegada do enviado do governo americano para o Oriente Médio, Steve Witkoff, ao Omã neste fim de semana, objetiva discutir com autoridades iranianas e adiciona mais uma questão à lista já complexa de interações diplomáticas. Esse encontro segue uma reunião entre o ex-presidente Trump e o presidente russo, na qual foram debatidas questões relacionadas à guerra na Ucrânia. As expectativas são elevadas, já que Trump indicou a possibilidade de ataques militares ao Irã se um novo acordo nuclear não for firmado, ressaltando a participação de Israel nessa estratégia.

O Irã, por sua vez, tem se oposto firmemente a negociar sob pressão, estabelecendo suas “linhas vermelhas” que incluem a recusa a demandas consideradas ameaçadoras ou excessivas relacionadas ao seu programa nuclear e à indústria de defesa. Apesar da falta de clareza sobre a agenda das negociações, o ex-presidente expressou a intenção de garantir um acordo que seja “mais robusto” do que o acordo nuclear de 2015, que tinha como foco a contenção do programa nuclear do Irã.

Em 2018, Trump retirou os Estados Unidos desse acordo, rotulando-o de desastroso e indicando que ele favorecia um regime que apoia o terrorismo. Seu objetivo contínuo é fechar um acordo que impeça o Irã de fabricar armas nucleares, embora os detalhes de como esse novo acordo diferiria do anterior, o Plano de Ação Conjunto Abrangente, ainda não estejam claros.

Alta autoridades americanas sugerem a possibilidade de pressionar o Irã a desmantelar não apenas seu programa nuclear militar, mas também a sua capacidade de energia civil, considerada um direito de Teerã sob os tratados da ONU. As autoridades iranianas têm rejeitado tal proposta, afirmando que ela serve como um estratagema para minar e eventualmente derrubar o governo da República Islâmica.

Especialistas apontam que o Irã considera seu programa nuclear como uma fonte crucial de influência e, portanto, abandoná-lo os deixaria vulneráveis. Além disso, o governo dos EUA afirma que as discussões com o Irã não se limitarão apenas ao acordo nuclear, mas abrangem uma ampla gama de questões.

O encontro que ocorrerá neste sábado será um teste para avaliar a disposição do Irã em participar de conversas de alto nível, potencialmente envolvendo negociações sobre seu programa nuclear, mísseis balísticos e apoio a representantes na região. A questão central será se o Irã está disposto a incluir novas demandas nas negociações.

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