O governo dos Estados Unidos classificou seis cartéis mexicanos e duas gangues latino-americanas como organizações terroristas, uma ação que segue um decreto assinado pelo presidente ao assumir o cargo. A medida, que será oficializada no Registro Federal, tem previsão de publicação para o dia 20 de fevereiro.
Os grupos que foram incluídos nessa lista incluem o Trem de Aragua, uma facção criminosa oriunda de prisões na Venezuela e atualmente atuante em pelo menos oito nações sul-americanas, além da Mara Salvatrucha (MS-13), uma gangue formada em Los Angeles por imigrantes salvadorenhos, reconhecida por sua violência e envolvimento no tráfico internacional de drogas. Entre os cartéis mexicanos listados estão o Sinaloa, Jalisco Nova Geração, Cartéis Unidos, Cartel do Nordeste, Clã do Golfo e Família Michoacán.
Desde que retornou ao cargo de presidente, Donald Trump intensificou os esforços para combater o crime organizado, orientando sua equipe para a possibilidade de invocar uma lei de 1798 que permitiria a deportação de alegados membros de gangues sem necessidade de julgamento. A nova classificação implicará em sanções mais severas contra as mencionadas organizações, vedando qualquer tipo de apoio financeiro, material ou logístico aos seus membros.
A inclusão desses grupos na lista de organizações terroristas marca uma mudança na estratégia de segurança dos Estados Unidos, que historicamente focava grupos extremistas com motivações ideológicas ou políticas. Essa decisão pode ocasionar tensões nas relações com o México, uma vez que diversas destas organizações operam dentro de seu território. O México já enfrenta desafios significativos no combate ao narcotráfico e pode ser pressionado a intensificar suas ações contra essas facções.