17 março 2025
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EUA Intensificam Ataques Aéreos Contra Houthis no Iémen

Os Estados Unidos realizaram novos bombardeios no Iémen, conforme noticiado pela TV Al Masirah, representando a maior operação militar americana na região desde a posse do presidente Donald Trump. A iniciativa foi uma resposta às ameaças do movimento Houthi, que está alinhado ao Irã, ao comércio marítimo internacional. No sábado, os Estados Unidos iniciaram uma nova série de ataques aéreos, e na segunda-feira (17), os alvos incluíram a cidade portuária de Hodeidah, no Mar Vermelho, e a província de Al Jawf, ao norte da capital Sanaa. Segundo informações do porta-voz do Ministério da Saúde controlado pelos Houthis, pelo menos 53 pessoas perderam a vida nos ataques, incluindo cinco crianças e duas mulheres, com 98 feridos reportados.

Os Houthis, um grupo armado que dominou a maior parte do Iémen na última década, intensificaram seus ataques a navios na costa desde novembro de 2023, afetando o comércio global. A resposta dos EUA para interceptar mísseis e drones resultou em um esgotamento dos recursos de defesa aérea disponíveis. Autoridades dos Estados Unidos indicaram que os ataques podem continuar por um período prolongado, enquanto Washington também está aplicando sanções adicionais ao Irã na tentativa de provocar uma negociação sobre seu programa nuclear.

O líder Houthi, Abdul Malik al-Houthi, fez declarações no domingo (16), ameaçando direcionar ataques a embarcações americanas no Mar Vermelho, caso os ataques dos EUA no Iémen persistam. Em um discurso televisionado, ele afirmou que “se eles continuarem com a agressão, nós continuaremos a escalada”. O bureau político do movimento Houthi classificou as ações dos Estados Unidos como um “crime de guerra”, e o governo de Moscou pediu a Washington para interromper os ataques. O porta-voz militar dos Houthis, sem apresentar provas, anunciou que o grupo havia realizado um segundo ataque contra o porta-aviões USS Harry S. Truman.

Desde os ataques do Hamas em outubro de 2023, que resultaram em significativas perdas para o “Eixo de Resistência” do Irã no Oriente Médio — incluindo a eliminação de líderes do Hezbollah e do Hamas —, o equilíbrio de poder tem sido desafiado. A queda de Bashar al-Assad, aliado do Irã na Síria, em dezembro, também foi um revés para a República Islâmica. Entretanto, os Houthis, que resistiram a uma campanha de bombardeios liderada pela Arábia Saudita ao longo de anos, continuam a ser uma força significativa, assim como milícias pró-Irã no Iraque.

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