O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou hoje seu interesse em anexar a Groenlândia, além de apresentar novas ameaças relacionadas à sua guerra tarifária contra diversas nações. Trump afirmou que a posse do território é fundamental para a “segurança internacional”, destacando: “Acho que vamos até onde for necessário. Precisamos da Groenlândia, e o mundo precisa que tenhamos a Groenlândia, incluindo a Dinamarca.”
Essas declarações contradizem as recentes ações da Casa Branca, que havia diminuído a agenda da visita de J.D. Vance à Dinamarca. A viagem agora se limita a uma base militar americana na região, onde Vance se reunirá com tropas e buscará informações sobre questões relacionadas à proteção do Ártico. Vance está também envolvido em um escândalo relacionado ao vazamento de informações sobre operações militares em um grupo de mensagens que incluía um jornalista. Jeffrey Goldberg, editor da revista The Atlantic, divulgou novos detalhes sobre essa conversa.
Nos diálogos revelados, Pete Hegseth, secretário de defesa, discute armamentos, aeronaves, horários e até condições climáticas relacionadas ao local da operação. De acordo com a publicação, essas informações foram compartilhadas duas horas antes do início de um bombardeio. O governo Trump tem tentado controlar a narrativa sobre a situação. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que as informações divulgadas não continham planos de guerra e que Trump teve acesso aos dados compartilhados.
Leavitt caracterizou a conversa como uma “discussão sobre políticas, uma discussão sensível entre altos funcionários do gabinete e membros seniores da equipe.” Hegseth reiterou essa visão, afirmando: “Ninguém está enviando planos de guerra. Notei que esta manhã algo que não se parece com planos de guerra foi apresentado, e eles mudaram o título para ‘planos de ataque’, pois sabiam que não eram planos de guerra.”
Tanto a diretora nacional de inteligência, Tulsi Gabbard, quanto o diretor da CIA, John Ratcliffe, tiveram que depor na comissão de inteligência do Senado sobre o caso, ambos participando da troca de mensagens. Trump, por sua vez, minimizou a controvérsia, tratando-a como uma caça às bruxas, um termo que frequentemente utiliza para se posicionar como alvo de perseguições políticas.
Além disso, o presidente intensificou suas ameaças em relação à guerra tarifária, anunciando a imposição de taxas de 25% sobre veículos e mini caminhões importados para os Estados Unidos. Ele também confirmou a aplicação de novos impostos sobre medicamentos e madeira serrada de origem estrangeira.