14 abril 2025
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EUA Intensificam Vigilância em Redes Sociais de Imigrantes

O governo dos Estados Unidos anunciou no dia 9 de outubro de 2023 que iniciará o monitoramento das redes sociais de imigrantes e solicitantes de visto com o intuito de identificar o que considera “atividade antissemita”. Esta iniciativa gerou reações imediatas de organizações de direitos humanos, incluindo vozes de judeus, que expressaram preocupações acerca da liberdade de expressão e da vigilância governamental. O governo, sob a administração de Donald Trump, procura controlar os protestos a favor da Palestina em resposta ao conflito causado pelo ataque militar de Israel em Gaza, que se intensificou após ações do grupo Hamas.

Segundo comunicado do Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS), parte do Departamento de Segurança Interna, a nova política implica que comportamentos antissemíticos exibidos nas redes sociais, bem como qualquer assédio físico dirigido a indivíduos judeus, podem ser motivos para a negação de benefícios de imigração. Essa mudança impactará diretamente aqueles que buscam status de residente permanente, estudantes estrangeiros e pessoas vinculadas a instituições educacionais que estejam ligadas a tais atividades antissemitas.

O governo classificou como inadequados os simpatizantes do terrorismo, afirmando que “não há espaço nos Estados Unidos para isso”. Historicamente, a administração Trump tem identificado as críticas a Israel e o apoio a direitos palestinos como formas de antissemitismo, também associando tais vozes a grupos considerados extremistas, como Hamas e Hezbollah. Ademais, o governo tomou medidas para deportar estudantes estrangeiros, cancelar vários vistos e adotar ações que podem resultar em cortes de financiamento federal para universidades que lidam com manifestações a favor da Palestina.

Manifestantes, incluindo algumas organizações judaicas, argumentam que a administração confunde a crítica às ações israelenses em Gaza com apoio ao extremismo. Grupos de direitos humanos têm se posicionado contra essas ações, considerando a nova política uma ameaça à liberdade de expressão semelhante à vigilância sobre imigrantes. A Fundação para os Direitos Individuais e Expressão (Fire) denunciou que o governo está institucionalizando práticas de censura, afirmando que o monitoramento de portadores de visto e green card, baseado apenas na expressão protegida, substitui o compromisso americano com o discurso livre por medo e silêncio.

O Nexus Project, que atua no combate ao antissemitismo, também aponta que o governo Trump está utilizando a temática como justificativa para a perseguição a imigrantes, tratando-a como um problema externo. Além disso, defensores dos direitos humanos expressam preocupações sobre islamofobia e discriminação contra árabes durante o conflito entre Israel e Gaza. Até o momento, a administração não divulgou medidas em resposta ao aumento das tensões.

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