24 março 2025
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EUA Responsabilizam Hamas por Mortes em Gaza Durante Assembleia da ONU

Os Estados Unidos atribuíram a responsabilidade pela morte de civis ao grupo terrorista Hamas, após a retomada dos ataques israelenses à Faixa de Gaza durante uma sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas, realizada na sexta-feira, 21. O governo de Israel rompeu oficialmente um acordo de cessar-fogo que havia sido firmado em janeiro, reiniciando operações terrestres e bombardeios em um enclave que já sofre as consequências de um conflito iniciado em outubro de 2023. A embaixadora interina dos Estados Unidos na ONU afirmou que “o Hamas tem total responsabilidade pela guerra em andamento em Gaza e pela retomada das hostilidades”, ressaltando que a perda de vidas teria sido evitada caso o grupo aceitasse a proposta de cessar-fogo apresentada pelos EUA.

Israel justificou a violação do cessar-fogo como uma medida para pressionar o Hamas a libertar os reféns que ainda estão sob sua posse. A segunda fase do cessar-fogo, proposta mas nunca implementada devido a impasses nas negociações, condicionava a libertação dos cativos à retirada total das tropas israelenses do território e à criação de um governo temporário em Gaza. No entanto, Israel rejeita essas condições e exige que o Hamas abandone o governo no enclave permanentemente. Dos 250 indivíduos sequestrados durante os ataques de 7 de outubro de 2023, 59 ainda estão sob custódia dos militantes, com apenas 24 sendo considerados vivos. Israel também exige a devolução imediata dos corpos dos reféns falecidos.

Durante a reunião do Conselho de Segurança, o embaixador de Israel, Danny Danon, afirmou que o país havia eliminado vários líderes do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina nos últimos dias e declarou que o grupo estava diante de uma “escolha”. Ele pediu ao Hamas para voltar à mesa de negociações ou enfrentar a queda de sua liderança. No momento, o Hamas está avaliando uma proposta dos EUA para restaurar o cessar-fogo.

Por outro lado, o embaixador francês Jerome Bonnafont criticou duramente as ações de Israel, instando-o a retomar a ajuda humanitária sem condições, interromper os bombardeios e continuar as negociações, mesmo que lentamente. Ele fez um apelo para que a resposta à violência não resultasse em mais agressões.

Na mesma data, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou que as forças militares expandissem sua presença na Faixa de Gaza e ameaçou com possíveis anexações se o Hamas não libertasse os reféns. Katz anunciou uma intensificação dos ataques ao Hamas, utilizando “pontos de pressão” civis e militares para derrotar o grupo.

Ele declarou que, conforme o Hamas se recusar a libertar os cativos, as forças israelenses expandirão seu controle territorial na região. O ministro mencionou um plano de “ocupação permanente” de certas áreas dentro da Faixa de Gaza, com o objetivo de proteger a população civil israelense. Katz indicou que essa estratégia incluiria a criação de zonas de proteção a serem estabelecidas ao redor de Gaza. Além disso, ele detalhou que a realização de uma vitória incluiria implementar a proposta do ex-presidente dos Estados Unidos, que previa a reconstrução de Gaza como um resort, com o deslocamento forçado de sua população palestina para outros países árabes, uma medida considerada crime de guerra e uma violação do direito internacional.

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