30 março 2025
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EUA: Secretário Revela Horário de Ataque Contra os Houthis em Mensagem de Texto

O secretário de Defesa dos Estados Unidos enviou uma mensagem de texto sobre os planos para eliminar um líder houthi no Iémen, poucas horas antes de uma operação militar que deveria ser mantida em sigilo. Essa informação foi revelada através de capturas de tela de um chat que foram analisadas por uma publicação na quarta-feira. A divulgação de que detalhes de um ataque altamente confidencial foram compartilhados em um aplicativo de mensagens comum, possivelmente em dispositivos pessoais, gerou indignação em Washington e levou a pedidos de demissão de membros da equipe de Segurança Nacional durante a administração anterior.

O governo dos Estados Unidos tentou conter as repercussões da divulgação, que incluiu a participação do editor-chefe de uma revista importante em um chat no aplicativo Signal. Apesar das acusações, o secretário de Defesa negou ter compartilhado planos de guerra, e o ex-presidente e seus principais assessores afirmaram que nenhuma informação sensível foi revelada. A possibilidade de que os líderes houthis tivessem conhecimento prévio sobre o ataque gerou preocupações, pois poderiam se deslocar para áreas mais densamente povoadas, onde dirigir o ataque poderia provocar um número excessivo de vítimas civis.

Autoridades do Pentágono que estavam cientes do planejamento acreditavam que as informações transmitidas na mensagem de texto eram confidenciais. A Casa Branca minimizou a chance de que o secretário de Defesa ou outros membros do governo fossem afastados, afirmando que o ex-presidente ainda confiava neles. Em um podcast, o ex-presidente também tentou minimizar a situação, alegando que não havia informações sensíveis que pudessem comprometer a operação.

O editor-chefe que inicialmente se recusou a revelar detalhes do chat acabou divulgando capturas de tela. A revista em questão não fez comentários imediatos sobre a liberação dessas mensagens. A troca de mensagens iniciada por Hegseth trazia o título de “Atualização da equipe” e incluía horários específicos sobre o andamento da missão, além de instruções detalhadas sobre o lançamento de aviões de combate e drones.

Posteriormente, um conselheiro de Segurança Nacional confirmou que a operação resultou na morte de um alvo específico identificado como um especialista em mísseis dos houthis. Contudo, a imprensa não conseguiu averiguar detalhes sobre o tipo de estrutura que foi atacada, quantas pessoas estavam no local no momento e como essa informação se relaciona com declarações do Pentágono que indicavam que não houve vítimas civis.

Um porta-voz do Pentágono afirmou que o secretário de Defesa estava apenas atualizando seu grupo sobre um plano que já havia sido informado pelos canais apropriados. É costume que altos funcionários de segurança nacional tenham sistemas de comunicação confidenciais para o compartilhamento de informações sensíveis. Um dos conselheiros mencionou que assumia total responsabilidade pela violação, mas ao mesmo tempo minimizou as consequências, afirmando que não foram revelados locais, fontes ou métodos de operação.

Em uma audiência, a diretora de Inteligência Nacional declarou que a definição do que é considerado informação confidencial cabe ao secretário de Defesa. O secretário não respondeu a perguntas sobre a desclassificação de informações discutidas na conversa, insistindo que não estavam sendo trocadas mensagens sobre planos de guerra.

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