Uma delegação dos Estados Unidos irá encontrar-se com autoridades russas na segunda-feira, 24 de março de 2025, com o intuito de discutir um cessar-fogo no Mar Negro e uma interrupção mais ampla das hostilidades na guerra da Ucrânia. Essas conversas seguem um encontro entre diplomatas ucranianos realizado no domingo, 23 de março, em Riad, Arábia Saudita. Este diálogo faz parte dos esforços do presidente Donald Trump para pôr fim ao conflito, que já dura três anos, entre a Rússia e a Ucrânia.
De acordo com informações da Casa Branca, o objetivo principal das discussões é assegurar a livre circulação de embarcações no Mar Negro e abordar medidas de verificação e confiança, que incluem o retorno de crianças ucranianas que foram levadas pela Rússia. O ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, que liderou a delegação ucraniana, anunciou em uma postagem no Facebook que as conversas com os Estados Unidos abrangeram propostas para proteger instalações de energia e infraestrutura essencial.
Embora o foco inicial esteja no cessar-fogo no Mar Negro, as delegações também discutirão questões mais abrangentes, como a linha de controle entre os países e a proteção de infraestruturas críticas. Trump, que recentemente alterou a postura dos EUA em relação à guerra, visa alcançar um acordo que leve a uma trégua geral, mesmo com as forças russas continuando a avançar no leste da Ucrânia. Apesar do aumento nas negociações, os ataques ainda persistem, e os Estados Unidos esperam chegar a um acordo de cessar-fogo até 20 de abril.
A delegação dos Estados Unidos será liderada por Andrew Peek, diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, e Michael Anton, alto funcionário do Departamento de Estado. A Rússia será representada por Grigory Karasin, ex-diplomata e atual presidente do Comitê de Assuntos Estrangeiros do Conselho da Federação, e Sergei Beseda, assessor do diretor do Serviço Federal de Segurança.
Após os avanços das forças russas em 2024, Trump alterou a política americana em relação à guerra, iniciando diálogos bilaterais com Moscou e suspendendo a assistência militar à Ucrânia, ao exigir que Kiev tomasse medidas para encerrar o conflito. Em declarações anteriores, Putin manifestou seu apoio “em princípio” à proposta de trégua apresentada por Washington, porém destacou que suas forças continuariam a lutar até que determinadas condições essenciais fossem atendidas.