Um relatório preliminar da investigação revelou problemas significativos nas instalações do estabelecimento prisional, evidenciando a deterioração das estruturas, o uso de tecnologias obsoletas e falhas nos procedimentos operacionais. A fuga de dois detentos, associados ao Comando Vermelho, que ocorreu em Mossoró, Rio Grande do Norte, foi resultado de diversas dessas deficiências. Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, apelidado de Tatu. Eles escaparam em 14 de fevereiro de 2024 e foram recapturados no Pará após 50 dias.
Em resposta a essa série de falhas, o governo federal iniciou a construção de uma muralha de proteção no Presídio Federal de Mossoró, com previsão de conclusão para 2026, dada a complexidade do processo de licitação. Além dessa obra, diversas melhorias já foram implementadas nas instalações, incluindo a instalação de grades de segurança, aperfeiçoamento da iluminação e a utilização de drones para monitoramento das áreas.
Foram instaurados três Processos Administrativos Disciplinares (PADs) em decorrência da fuga, com dois já concluídos. Esses processos resultaram no afastamento de quatro chefes de plantão, que não conseguiram realizar a fiscalização adequada nas revistas das celas. No total, dez servidores estão sendo investigados a respeito dessas irregularidades.
