3 março 2025
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Evelyn Bastos, Diva da Mangueira, Reflete Sobre a Beleza da Nudez no Carnaval

A Rainha da Mangueira, Evelyn Bastos, defende no dia 2 de março de 2025, na Marquês de Sapucaí, seu título de rainha de bateria da escola de samba verde e rosa, cargo que ocupa há doze anos. Natural do Morro da Mangueira e com 31 anos de idade, Evelyn desenvolveu uma forte ligação com o samba desde a infância. Ela foi rainha da ala infantil da escola em 2004 e segue o legado de sua mãe, Valéria Bastos, que também ocupou a mesma posição entre 1987 e 1989. Além de ser musa aos 17 anos, aos 20, Evelyn assumiu a tarefa de substituir Gracyanne Barbosa na Avenida. Sua primeira vitória com a escola aconteceu em 2016, e, três anos depois, ela novamente saiu vitoriosa.

Formada em História e atuando como professora de Educação Física, Evelyn ressalta suas origens e se orgulha de sua identidade, tendo a favela da Zona Norte como um símbolo importante. Durante os ensaios na Passarela do Samba, ela opta por trajes mais simples, ao contrário de outras rainhas que frequentemente usam figurinos mais elaborados. Para Evelyn, a escolha de vestuário nos desfiles em contraste com os ensaios reflete sua essência e história. Ela afirma: “Ter como público a favela, os mangueirenses em geral, faz de mim uma rainha de bateria realizada e uma mulher sempre atenta a ser, absolutamente, entregue à minha essência”.

Evelyn também lidera estudos e debates sobre o Carnaval e a nudez feminina, expressando uma opinião clara sobre a importância da liberdade nesse contexto. Para ela, a hipersexualização não é uma questão que lhe diz respeito. “Eu não posso e não vou cobrir o meu corpo para mostrar nenhum tipo de intelectualidade para caber numa pauta de um senhor e de ninguém. Essa hipersexualização não foi criada por nós, foi criada por eles… Os nossos corpos, nossas ideias, nossa ideologia estão sempre prontos para atuar com autonomia”, declara. Além de suas atividades como rainha de bateria, Evelyn ocupa o cargo de diretora cultural da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa).

Neste ano, a Mangueira apresenta o samba-enredo intitulado “À Flor da Terra – No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões”, que explora a herança do povo bantu na cidade do Rio de Janeiro, oriundos da região de Angola. O carnavalesco responsável pelo enredo é Sidnei França.

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