6 março 2025
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Ex-Assistente de Bolsonaro Refuta Alegações de Monitoramento Ilegal de Moraes

A defesa do coronel da reserva Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, argumentou que o monitoramento realizado sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ocorreu de maneira legal. Os advogados de Câmara apresentaram essa versão em resposta à denúncia da Procuradoria-Geral da República sobre uma suposta trama golpista, que foi atribuída aos acontecimentos após a eleição presidencial de 2022.

Em sua argumentação, a equipe jurídica afirmou: “O que há de ilegal em fazer pesquisas através de fontes abertas, como Google, telefonemas e agendas públicas?”. Essa posição já havia sido antecipada anteriormente por veículos de comunicação. No mesmo documento, os advogados também questionaram a imparcialidade do ministro Moraes para atuar como relator do caso no STF, indicando que ele poderia se considerar uma vítima e, portanto, não estaria em posição de julgar de forma isenta.

Além disso, a defesa de Câmara sustentou que não teve acesso a todos os documentos necessários para uma adequada defesa, corroborando o que foi afirmado pelos advogados de outras figuras envolvidas no caso. A equipe legal mencionou que os aparelhos de telefonia móvel que foram apreendidos na fase mais recente da operação, que originou a denúncia, não estavam incluídos na lista de documentos oferecida em cartório. A defesa também criticou a denúncia da Procuradoria-Geral da República, considerando-a “genérica e indeterminada.”

Conforme as informações fornecidas pela Procuradoria-Geral da República e pela Polícia Federal, Câmara era responsável por fornecer informações sobre a agenda e os deslocamentos de Moraes ao tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro. Durante um processo de delação, Cid revelou que o ex-presidente havia solicitado o monitoramento de Moraes devido a suas suspeitas sobre uma reunião entre o ministro e o então vice-presidente Hamilton Mourão, ambos em São Paulo. Este monitoramento fazia parte de um plano conhecido como Punhal Verde e Amarelo, que envolvia medidas extremas contra Moraes, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

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