A nova regra “anticera”, que penaliza goleiros com a marcação de um escanteio quando se verifica desperdício de tempo, tem gerado críticas, incluindo de ex-jogadores. Paul Robinson, ex-goleiro da Seleção da Inglaterra, comentou que a norma parece ter sido elaborada por pessoas sem experiência no futebol. Ele destacou que, enquanto os goleiros anteriormente tinham um limite de seis segundos para segurar a bola, essa regra foi gradualmente deixada de lado, levando os goleiros a gerenciar melhor o tempo em campo. Agora, com a nova regra, o tempo permitido aumenta para oito segundos.
O IFAB, órgão responsável pelas regras do futebol, argumenta que a nova norma visa acelerar o jogo e que sua implementação ocorrerá em todos os níveis do futebol a partir de 1º de julho, afetando já o próximo Mundial de Clubes. Outro ex-goleiro da Seleção Inglesa, Rob Green, expressou que a antiga regra de seis segundos deveria ter sido aplicada de maneira mais rigorosa. Green ressalta que a reintrodução da norma pode parecer estranha, mas se resultar em mais tempo efetivo de jogo, é favorável a ela. Ele também mencionou que estatisticamente as chances de gol a partir de um escanteio são baixas, o que torna a situação menos preocupante para a defesa.
A alteração na regra foi anunciada no último sábado pela Associação Internacional de Futebol (IFAB), modificando a Lei 12.2 para a próxima temporada. Essa mudança estipula que os goleiros serão punidos se segurarem a bola por mais de oito segundos. Os árbitros começarão a contagem assim que o goleiro manusear a bola e terão um critério visual para os oito segundos. Se o goleiro não liberar a bola dentro desse tempo, um escanteio será concedido à equipe adversária. Anteriormente, a punição consistia em um tiro livre indireto, mas a nova sanção promete ter um impacto mais significativo no andamento das partidas, promovendo reposições de bola mais ágeis e coibindo a “cera” por parte dos goleiros.