Dois anos e meio após se afastar da política, o ex-governador Rodrigo Garcia está novamente ativo nos bastidores, sinalizando a possibilidade de um retorno eleitoral em 2026. Em uma entrevista recente, ele não descartou a ideia de se candidatar no próximo ano, embora tenha se esquivado de especificar qual cargo almeja.
Atualmente sem partido, Garcia, que já foi integrante do PSDB, está se aproximando do governador Tarcísio de Freitas, seu adversário nas eleições de 2022. Ele propõe a união dos governadores de direita para enfrentar o presidente Lula em 2024. Garcia observou que a fragmentação atual na direita, com muitos candidatos disputando entre si, permite que o principal opositor, Lula, tenha uma vantagem na corrida eleitoral.
Ao ser questionado sobre a diversidade de pré-candidatos da direita ao Palácio do Planalto, Garcia defendeu a necessidade de uma candidatura unificada. Ele argumenta que o momento é propício para consolidar uma proposta que reflita verdadeiramente os valores desse campo político, afirmando que isso aumentaria as chances de vitória.
Garcia, último governador do estado de São Paulo pelo PSDB, deixou o partido após as eleições de 2022 e, atualmente, está sem filiação. Em relação à situação atual do PSDB, que se encontra em processo de fusão com o Podemos e abandonará o número tradicional 45, ele comentou que a sigla se afastou da realidade social. Garcia destacou que, embora o PSDB tenha governado vários estados e realizado gestões bem avaliadas, houve uma desconexão com a sociedade ao longo do tempo.
Ele também refletiu sobre como a percepção da direita mudou ao longo das últimas décadas. Relembrando que ser identificado como direita era considerado pejorativo no Brasil há 15 ou 20 anos, ele acredita que essa falta de definição política contribuiu para que o PSDB perdesse relevância. Apesar das boas avaliações dos governadores, segundo Garcia, o posicionamento político do partido não acompanhou a evolução social.
