Dois ex-integrantes da Marinha da Colômbia, Jair Alberto Alvarez Valenzuela e Luis Carlos Diaz Martinez, foram extraditados para os Estados Unidos após serem acusados de facilitar o monitoramento de operações de combate ao tráfico de drogas. A atuação deles incluiu a instalação de dispositivos de rastreamento GPS em embarcações da Marinha, permitindo que traficantes desviassem navios carregados de cocaína. Os ex-marinheiros teriam recrutado outros membros da Marinha com a oferta de compensações financeiras, visando evitar a detecção durante atividades contrabandistas.
Alvarez Valenzuela, conhecido por sua formação em engenharia eletromecânica civil, destacou-se como um dos principais envolvidos no esquema. O Departamento de Justiça dos EUA também indiciou quatro marinheiros ainda ativos no caso, que se encontravam ligados ao Clã do Golfo, uma das mais poderosas organizações de tráfico de drogas da Colômbia. Esta organização controla a exportação de cocaína através de rotas no Caribe e no Pacífico. A corrupção dentro da Marinha é uma estratégia utilizada pelo narcotráfico, que também faz uso de narcossubmarinos e pescadores que atuam como espiões para assegurar a entrega das drogas nos Estados Unidos.
