12 junho 2025
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Ex-Ministro Reconhece Uso de Linguagem Inapropriada Contra o TSE Durante Depoimento no STF

O ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, foi ouvido nesta terça-feira (10) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no contexto de uma ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Durante seu depoimento, o general admitiu ter utilizado “palavras inadequadas” ao comentar sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em declarações feitas após o pleito. Ele reconheceu que as expressões foram desproporcionais, considerando o clima de tensão institucional na época.

Nogueira é o sétimo réu a prestar depoimento no processo. Anteriormente, outras seis pessoas já foram ouvidas, incluindo Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, além do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi identificado pela Procuradoria-Geral da República como um dos líderes do suposto esquema para obstruir a posse de Lula e perpetuar-se no poder.

Durante seu próprio depoimento, Jair Bolsonaro se desculpou publicamente ao ministro Alexandre de Moraes e aos demais membros do STF por críticas feitas anteriormente em uma reunião ministerial de julho de 2022. Ele afirmou que o encontro não deveria ter sido gravado e que não tinha intenção de acusar ninguém de malfeitos. Bolsonaro reconheceu a necessidade de moderar seu vocabulário, mencionando que está se esforçando para melhorar, apesar das dificuldades impostas pela idade.

A investigação, conduzida pela Polícia Federal, apura uma tentativa de golpe coordenada entre setores do governo anterior e membros das Forças Armadas. A denúncia da Procuradoria inclui crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Os investigadores alegam que o grupo tentou impedir a posse de Lula através de decretos excepcionais, prisões de autoridades e até mesmo a anulação do resultado eleitoral.

O último a ser ouvido será o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro. Os depoimentos devem ser finalizados até sexta-feira (13), com a expectativa de que o julgamento aconteça ainda neste segundo semestre. Caso sejam condenados, os réus podem enfrentar penas que ultrapassam 30 anos de prisão.

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