A autorização para que Jorge Guaranho, ex-policial penal condenado a 20 anos pelo assassinato de Marcelo Arruda, cumpra sua pena em casa foi concedida por um desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná. O magistrado argumentou que essa medida não apresentaria risco à sociedade, levando em consideração a saúde fragilizada do réu.
O julgamento de Guaranho foi adiado para o dia 2 de maio. Seus advogados justificaram o pedido de prisão domiciliar citando o estado de saúde do ex-policial, que está sob tratamento após ter sido baleado nove vezes e sofrer agressões severas, resultando em fraturas e projéteis ainda alojados em seu corpo. Essa decisão gerou intensa controvérsia e indignação entre aqueles que se opõem à medida.
A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Assembleia Legislativa do Paraná manifestou seu descontentamento em relação à decisão do tribunal, afirmando que a autorização desrespeita a memória da vítima e trivializa um crime de cunho ideológico. A repercussão do caso suscita debates sobre a violência política no Brasil e a impunidade em casos semelhantes. O homicídio de Marcelo Arruda, ocorrido em 2022 durante uma festa de aniversário em Foz do Iguaçu, deu origem a um intenso debate em todo o país sobre o aumento da violência política. Guaranho, que se declarou apoiador de Jair Bolsonaro, afirmou que sua presença no evento foi uma “brincadeira”, embora tenha reconhecido que sua atitude foi imprópria. Marcelo Arruda foi atingido por dois disparos e não sobreviveu.