Israel anunciou a intensificação de suas operações militares até que o grupo Hamas libere os 59 reféns que mantém sob sua custódia. Dentre esses, acredita-se que 24 estejam vivos.
Recentemente, o exército israelense ordenou a desocupação de grande parte da cidade de Rafah, localizada no sul da Faixa de Gaza, indicando a possibilidade de uma nova operação terrestre na região. As hostilidades foram retomadas depois que Israel encerrou um cessar-fogo com o Hamas no início de março, reiniciando ataques aéreos e operações em solo. Simultaneamente, o país cortou os suprimentos de alimentos, combustíveis, medicamentos e ajuda humanitária para aproximadamente 2 milhões de palestinos no território, visando pressionar o Hamas a aceitar alterações nas condições do acordo de trégua.
Além disso, Israel impôs a exigência de que o Hamas se desarme e se retire do território, condições que não estavam previstas no acordo de cessar-fogo e foram rejeitadas pelo grupo. Em uma declaração no domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país assumirá o controle da segurança em Gaza após o término do conflito e mencionou o projeto do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que propõe o reassentamento da população em outras nações, qualificada como “emigração voluntária”.
Em maio de 2024, a região de Rafah ficou em grande parte devastada devido aos ataques, especialmente nas áreas limítrofes com o Egito. As forças israelenses estabeleceram uma zona de amortecimento estratégica ao longo da fronteira e não realizaram a retirada, conforme solicitado no acordo de cessar-fogo, alegando a necessidade de evitar o contrabando de armas.