Jair Bolsonaro será ouvido por Alexandre de Moraes no âmbito do processo relacionado ao plano golpista que visou desestabilizar o estado democrático de direito no Brasil.
Este caso, caracterizado por um volume considerável de evidências, tem gerado discussões acaloradas, especialmente sobre as narrativas em torno dele. Uma das versões apresenta o ex-presidente como alvo de perseguição por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal. Tanto Bolsonaro quanto Moraes enfrentam riscos significativos nesta interação.
Bolsonaro, réu no processo e identificado como figura chave na tentativa de golpe, segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, sustentará que suas ações não viola a Constituição. O magistrado, que tem enfrentado crescente contestação, incluindo críticas da imprensa internacional, buscará minimizar a repercussão das declarações que podem ser feitas durante o depoimento.
Entre os questionamentos que surgem no cenário, reside a possibilidade de que o ex-presidente enfrente uma ordem de prisão por desacato. Isso teria um impacto considerável na agenda política do país, especialmente se ocorresse durante a semana prevista para os depoimentos dos acusados.
O depoimento inaugural será do tenente-coronel Mauro Cid, ex-assessor de Bolsonaro, que se tornou delator de diversas infrações, incluindo a tentativa de golpe considerada a mais grave desde a redemocratização de 1985. O ex-presidente está programado para depor entre os dias 10 e 11, mas um incidente de desacato poderia ocorrer antes, caso ele reaja de forma negativa às declarações de Mauro Cid. A atmosfera entre as partes envolvidas é de elevado grau de tensão.