Nesta terça-feira, 4 de outubro, dois homens-bomba atacaram uma instalação de segurança no noroeste do Paquistão utilizando veículos carregados de explosivos, resultando na morte de pelo menos 12 civis, incluindo sete crianças, conforme informações provenientes de fontes policiais e serviços de resgate. A explosão ocorreu logo após o término do jejum do Ramadã, derrubando o telhado de uma mesquita próxima. O local estava repleto de compradores no momento do ataque, conforme relatado por testemunhas.
Um militar, que pediu para permanecer anônimo, informou que após a explosão, houve uma tentativa de militantes de invadir a instalação militar, mas essa ação foi contida pelas forças de segurança, que eliminaram seis dos agressores durante um confronto.
O porta-voz do Hospital Bannu, Muhammad Nauman, confirmou as informações sobre o ataque, citando 12 mortos e 30 feridos, todos civis que ficaram presos sob escombros. A lista de vítimas do hospital indicou que sete crianças estavam entre os mortos. O serviço de resgate local, Rescue 1122, iniciou buscas por sobreviventes sob os destroços.
Imagens da cena do ataque mostraram moradores revirando montanhas de tijolos e limpando estruturas metálicas em meio aos escombros. O Primeiro-Ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, expressou sua condenação ao ataque, afirmando que as “ambições malignas dos inimigos do Paquistão nunca prevalecerão”. A autoria do ataque ainda não foi determinada, mas ataques realizados pelo grupo militante Talibã paquistanês (TTP) têm se intensificado nos últimos anos, especialmente contra forças de segurança nas proximidades da fronteira com o Afeganistão.
Ali Amin Gandapur, ministro-chefe da província Khyber Pakhtunkhwa, onde ocorreu a explosão, também denunciou o incidente e solicitou um relatório detalhado das autoridades policiais sobre o ataque.