Eddie Jordan, ex-proprietário de uma equipe de Fórmula 1 e comentarista de televisão, faleceu na quinta-feira, 20, aos 76 anos, após uma batalha contra o câncer. Ele é amplamente reconhecido por ter contribuído significativamente para o desenvolvimento de várias estrelas do automobilismo. Jordan é mais lembrado como o fundador da Jordan Grand Prix, uma equipe que competiu na Fórmula 1 de 1991 a 2005. A equipe se destacou pelo seu distintivo visual amarelo e por competir com adversários que tinham orçamentos bem maiores, conseguindo quatro vitórias ao longo de sua história.
Um dos principais legados de Eddie Jordan é sua capacidade de identificar talentos promissores no automobilismo. Ele foi responsável por oferecer oportunidades a pilotos que se tornariam campeões mundiais, como Michael Schumacher, Rubens Barrichello e Eddie Irvine. Sua equipe também teve pilotos renomados, como Damon Hill, que garantiu a primeira vitória da equipe no Grande Prêmio da Bélgica em 1998, e Heinz-Harald Frentzen. O ex-piloto de F1 Martin Brundle destacou: “Eddie tinha um dom único para enxergar potenciais estrelas. Ele ofereceu chances a muitos jovens quando outras equipes hesitaram”.
Rubens Barrichello prestou homenagem a Jordan em suas redes sociais, lembrando-se da primeira oportunidade que recebeu na Fórmula 1. Ele expressou sua gratidão por tudo que Jordan fez pelo automobilismo e suas memórias compartilhadas.
Antes de fundar sua equipe na Fórmula 1, Jordan teve uma breve carreira como piloto em categorias de base, passando pela Fórmula 3 e Fórmula 3000, até que decidiu se dedicar à gestão de equipes. Após a venda da sua equipe em 2005, que se tornaria a atual Aston Martin F1, Jordan se destacou como comentarista na televisão. Seu estilo vibrante e comentários incisivos conquistaram o público nas transmissões da BBC e, posteriormente, do Channel 4.
Nos anos mais recentes, Jordan voltou a atuar na gestão de talentos, tendo desempenhado um papel importante na transferência de Adrian Newey, um renomado projetista, da Red Bull Racing para a Aston Martin. Ao longo de sua carreira, ele se manteve como uma figura carismática no mundo da Fórmula 1, conhecido por sua visão empreendedora e por investir em diversos negócios fora do automobilismo. Jordan deixa sua esposa, Marie, e quatro filhos.