O cantor e multiartista Edy Star faleceu na madrugada de 24 de abril, aos 87 anos, conforme informado por sua equipe através de comunicados oficiais. O anúncio revela que ele foi hospitalizado em estado grave e passou por um procedimento de diálise, mas não conseguiu superar as complicações de saúde que se agravaram nos últimos dias, incluindo insuficiência respiratória, insuficiência renal aguda e pancreatite aguda. O comunicado salienta que Edy viveu de forma autêntica, com arte, coragem e liberdade, ressaltando que sempre será lembrado com admiração. Além disso, agradece as demonstrações de carinho recebidas e informa que detalhes sobre o funeral serão disponibilizados posteriormente.
Nascido em 1938 em Juazeiro, na Bahia, Edy Star iniciou sua carreira no entretenimento na adolescência, participando de programas de rádio em sua região natal. Após uma trajetória que incluiu apresentações em estações de rádio, teatros e circos, ele se mudou para o Sudeste no final da década de 1960, onde colaborou com artistas como Raul Seixas e Miriam Batucada, contribuindo para o álbum “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10” em 1971. A partir desse período, Edy se estabeleceu na cena underground de São Paulo e Rio de Janeiro, realizando apresentações provocativas e eróticas, incluindo papéis em produções como o “Rocky Horror Show” e lançando o álbum autoral “Sweet Edy”. Após sua mudança para a Europa nos anos 1990, ele construiu uma carreira internacional por 20 anos e foi um dos primeiros artistas a declarar publicamente sua homossexualidade em 1973.
Em seus últimos trabalhos, Edy Star lançou o álbum “Meu Amigo Sérgio Sampaio” em 2023, uma homenagem ao compositor que também fez parte de sua geração. O disco, que contém 10 faixas, traz reinterpretações das letras mais emblemáticas de Sérgio Sampaio.