quinta-feira, fevereiro 6, 2025
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FALÊNCIA DA FOREVER 21 PODE SER ANUNCIADA EM BREVE

A varejista de fast-fashion Forever 21 enfrenta dificuldades para manter suas operações, apenas cinco anos após ter saído de um processo de recuperação judicial conhecido como chapter 11 nos Estados Unidos. Com mais de 500 lojas em operação ao redor do mundo, a empresa tem passado por um período de busca por possíveis compradores, uma alternativa para enfrentar os desafios financeiros que surgiram.

Conforme informações de fontes do Wall Street Journal, caso a venda não se concretize, a chance de a empresa recorrer à falência torna-se iminente. A Forever 21 ainda possui esperanças, uma vez que sua recuperação em 2020 se deu por meio da venda de ativos. Naquela ocasião, o Simon Property Group, a Brookfield Corporation e a Authentic Brands Group se uniram para adquirir as operações da varejista, formando assim a joint venture SPARC.

Nesse cenário, a Forever 21 se juntou a outras redes de moda enfrentando dificuldades financeiras, como JCPenney, Brooks Brothers e Aéropostale, que também foram adquiridas pelo mesmo consórcio. Essas marcas foram impactadas por um aumento na popularidade de empresas chinesas, como Shein e Temu, que oferecem produtos semelhantes a preços mais competitivos.

Em 2023, a Forever 21 tentou se adaptar ao mercado ao firmar uma parceria com a Shein, buscando vender produtos mutuamente em suas plataformas e trazer a marca chinesa para o varejo físico. Como parte desse acordo, a Shein adquiriu uma participação na SPARC. No entanto, segundo o CEO da Authentic Brands, Jamie Salter, essa colaboração apresentou resultados limitados.

Atualmente, a Forever 21 se encontra em uma posição desfavorável. Na recente reestruturação anunciada, a SPARC decidiu consolidar as operações de várias marcas, como Aéropostale, Nautica, Lucky Brand, Brooks Brothers e Eddie Bauer com a JCPenney, mas deixou a Forever 21 de fora desse arranjo. Em declaração, um porta-voz da Forever 21 comunicou que os proprietários estão avaliando diversas opções para as operações da marca, buscando alcançar o melhor resultado possível.

A falta de resultados positivos para essas opções eleva o risco de liquidação e fechamento da Forever 21, uma tendência que tem se tornado comum no setor de varejo nos últimos anos. No Brasil, a marca encerrou suas atividades em 2022, após oito anos de presença no país, enfrentando desafios que incluíam altos impostos, significativos custos de importação e infraestrutura. Esses fatores impactaram diretamente o consumidor final, gerando descontentamento generalizado, uma situação que se agravou com a pandemia de Covid-19.

Na época do fechamento, a Forever 21 enfrentou ações de despejo devido a atrasos nos pagamentos de aluguéis em diversas lojas de shopping. Locais como RioSul, Shopping Tijuca e Plaza Shopping Niterói foram obrigados a processar a marca. A Multiplan, uma das administradoras, também alcançou acordos fora da justiça com a Forever 21, resultando no fechamento das lojas sob sua gestão.

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