Parentes de reféns realizaram protestos em Jerusalém no dia 18 de outubro, clamando pela retomada das negociações de cessar-fogo para garantir a segurança de seus familiares, após o reinício dos ataques israelenses em Gaza. Noam Peri, filha de um refém falecido, solicitou a intervenção do presidente dos Estados Unidos nas questões relacionadas ao conflito.
Na mesma data, autoridades de saúde palestinas informaram que os bombardeios israelenses resultaram na morte de mais de 400 pessoas em Gaza, encerrando um período de relativa calma que se seguiu às tentativas de estabelecer um acordo de trégua permanente.
Um porta-voz da UNICEF, durante uma declaração em Rafah, afirmou que nenhum local em Gaza é seguro, destacando a grave situação humanitária no território. Médicos relataram que os hospitais de Gaza estão sobrecarregados diante do aumento da violência, e a região vivenciou um dos dias mais mortais em 15 meses, coincidindo com o fim recente do cessar-fogo.
O Hamas, que continua detendo 59 dos aproximadamente 250 reféns que Israel afirma ter sido capturados durante um ataque em 7 de outubro de 2023, acusou Israel de obstruir os esforços mediadores para alcançar um acordo duradouro. Contudo, o grupo não fez declarações de retaliação. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que autorizou os ataques em resposta à recusa do Hamas em aceitar propostas para estender o cessar-fogo durante as negociações intermitentes. Por sua vez, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, mencionou em uma entrevista que o governo foi consultado por Israel sobre as operações militares em Gaza no dia anterior, 17 de outubro.
