A doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa caracterizada pela perda de dopamina, cuja causa exata ainda suscita investigações. Especialistas indicam que uma combinação de fatores contribui para o aumento do risco de desenvolvimento da doença.
O professor Egberto Reis Barbosa, chefe do Ambulatório de Distúrbios do Movimento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), esclarece que o Parkinson frequentemente resulta da interação entre fatores ambientais, genéticos e o processo natural de envelhecimento. O especialista destaca que atividades profissionais expostas a solventes, poluição industrial e pesticidas representam riscos significativos para o desenvolvimento da doença.
Estudos sobre a prevalência da doença indicam que o Parkinson afeta mais homens do que mulheres, possivelmente devido à maior presença de homens em ocupações de risco e à proteção hormonal que mulheres podem ter.
Quanto ao diagnóstico precoce, ainda não existem exames específicos que identifiquem a doença antes que os sintomas motores se manifestem. Contudo, sinais como perda de olfato, distúrbios comportamentais do sono REM e constipação intestinal têm se mostrado indicativos que podem levar a uma investigação mais aprofundada.
Atualmente, pesquisas promissoras estão sendo realizadas, incluindo ensaios clínicos com anticorpos monoclonais direcionados à redução dos aglomerados de alfa-sinucleína no cérebro, uma proteína relacionada à doença de Parkinson. Apesar de um estudo recente não ter demonstrado diferenças significativas entre grupos controle e tratados, há um otimismo contínuo na busca por tratamentos mais eficazes e precoces.
