3 junho 2025
HomeCotidianoFies: Inadimplência supera 60% e alcança novo patamar alarmante

Fies: Inadimplência supera 60% e alcança novo patamar alarmante

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) enfrenta um problema persistente: a inadimplência entre a maioria dos beneficiários. Dados recentes revelam que 61,5% dos contratos estão em atraso, um aumento significativo em relação aos 31% registrados há dez anos. O total da dívida é estimado em aproximadamente 116 bilhões de reais.

Atualmente, o Fies é um programa destinado a estudantes de baixa renda, permitindo o financiamento de cursos de nível superior para que possam alcançar o diploma universitário. Os graduandos são responsáveis por pagar ao menos 30% do valor do curso, enquanto o restante deve ser quitado após a conclusão da graduação. Estudantes com renda familiar de até 1,5 salário mínimo têm acesso a financiamento total.

As informações mais recentes foram apresentadas durante um workshop sobre Programas de Acesso e Permanência Estudantil na Educação, realizado no 17º Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular. O Ministério da Educação está considerando maneiras de reduzir o significativo déficit financeiro. Uma das propostas é vincular as mensalidades ao nível de renda dos ex-alunos. Outras opções incluem a redução de juros e taxas, além da possibilidade de perdão das dívidas.

Diante das dificuldades financeiras, muitas pessoas pesquisam sobre as consequências da falta de pagamento do Fies e se haverá perdão das dívidas em 2025. Especialistas recomendam que os inadimplentes fiquem atentos às publicações oficiais do governo sobre novos programas de parcelamento.

No final do ano passado, cerca de 900 mil estudantes tinham a oportunidade de participar do “Desenrola Fies”, um programa destinado à renegociação de dívidas com descontos que podem chegar a 99%. Naquele momento, o Ministério da Educação informou que os estados com mais contratos em atraso eram São Paulo, Minas Gerais e Bahia.

Em maio do ano passado, com uma taxa de inadimplência já em 50%, o coordenador-geral de Financiamento Estudantil do Ministério da Educação ressaltou, em uma audiência na Câmara dos Deputados, que os custos das mensalidades representam um fardo considerável para os estudantes. Ele destacou que, embora os alunos consigam emprego, o peso das parcelas impacta sua renda, que precisa ser destinada a moradia, transportes e alimentação, fazendo do Fies uma prioridade secundária em seu orçamento.

NOTÍCIAS RELACIONADAS
- Publicidade -
Google search engine

NOTÍCIAS MAIS LIDAS

error: Conteúdo protegido !!