Pierluigi Collina, ex-árbitro italiano e atual presidente do comitê de arbitragem da FIFA, apresentou uma proposta para revisar as regras referentes a penalidades máximas, visando equilibrar as oportunidades para atacantes e goleiros. A sugestão de Collina é que, durante o tempo normal de jogo, os pênaltis sejam realizados sem a possibilidade de rebotes, prática que já é adotada em disputas após o tempo regulamentar e na prorrogação.
Em declaração a um veículo de comunicação italiano, Collina destacou que as normas atuais favorecem claramente os atacantes. Ele enfatizou que aproximadamente 75% dos pênaltis resultam em gols e, além disso, o atacante tem a chance de aproveitar um rebote, o que, segundo ele, gera uma desequilíbrio excessivo entre as funções ofensivas e defensivas no jogo. Collina sugere que os goleiros deveriam manifestar mais insatisfação em relação a essas regras.
A proposta de Collina envolve a implementação de uma regra que permitiria um único chute: se o pênalti não resultar em gol, o jogo recomeçaria com um tiro de meta. Ele argumenta que tal modificação não apenas aumentaria as oportunidades para os goleiros, mas também eliminaria a confusão frequentemente observada antes da cobrança, quando muitos jogadores se aglomeram na área. Collina faz uma analogia, descrevendo essa situação como “cavalos nos portões de partida antes do Palio di Siena”, ressaltando a necessidade de simplificar o procedimento.
A iniciativa de Collina tem como propósito tornar o jogo mais justo, fundamentada em sua extensa experiência como árbitro, o que inclui a conquista do título de Melhor Árbitro do Mundo em seis ocasiões pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS). Sua atuação em eventos de grande relevância, como a final da Copa do Mundo de 2002, também reforça sua credibilidade na discussão sobre as regras do jogo.
Esta ideia já foi discutida em reuniões com a IFAB (International Football Association Board), a entidade responsável pela regulamentação das regras do futebol. Embora ainda não se saiba se a proposta será oficialmente adotada, a sugestão de Collina certamente irá estimular o debate sobre a equidade nas regras de pênaltis dentro do esporte.