A Finlândia ocupa a primeira posição no Relatório Mundial da Felicidade pelo oitavo ano consecutivo. Este ranking, divulgado anualmente pelas Nações Unidas, foi publicado na quarta-feira e considera fatores como Produto Interno Bruto (PIB), suporte social, expectativa de vida saudável, liberdade, generosidade e percepções de corrupção. O Brasil avançou oito posições neste ranking, agora na 36ª colocação, sendo o segundo país mais feliz da América do Sul, atrás apenas do Uruguai, que ocupa a 29ª posição. Em 2024, o Brasil estava na 44ª posição, enquanto o Chile caiu do 38º para o 45º lugar. A Argentina segue em 42º.
Nos Estados Unidos, a classificação é a mais baixa desde o início do relatório, em 2012, ocupando a 24ª posição. O relatório indica que no país, assim como em partes da Europa, a diminuição da felicidade e a falta de confiança social contribuíram para o aumento da polarização política e para a desconfiança em relação ao sistema. Os dados utilizados neste relatório foram coletados pela Gallup World Poll em colaboração com o Oxford Wellbeing Research Centre e a Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável da ONU, além de um conselho editorial. O ranking é baseado nas avaliações médias de vida de indivíduos em mais de 140 países, abrangendo os anos de 2022 a 2024.
Os países que integram o top 20 dos “mais felizes” são: Finlândia, Dinamarca, Islândia, Suécia, Países Baixos, Costa Rica, Noruega, Israel, Luxemburgo, México, Austrália, Nova Zelândia, Suíça, Bélgica, Irlanda, Lituânia, Áustria, Canadá e Eslovênia, além da República Tcheca. Os países nórdicos, em geral, mantêm-se em destaque, com a Finlândia liderando a lista. Os sistemas de saúde, educação e apoio social universalmente disponíveis e de alta qualidade são apontados como fatores que contribuem para esta felicidade, com uma baixa desigualdade de bem-estar.
Finlândia, Dinamarca, Islândia e Suécia permanecem na mesma ordem desde 2024, enquanto a Noruega ocupa a sétima posição. Com relação aos Estados Unidos, o relatório indica que a descida fora do top 20 se deve, em parte, à percepção negativa da vida entre os americanos com menos de 30 anos. Relatos indicam que os jovens se sentem menos apoiados por seus círculos sociais, com menor liberdade para tomar decisões de vida e um otimismo reduzido sobre seus futuros econômicos. O relatório anterior havia destacado a felicidade entre diferentes faixas etárias, observando uma queda significativa entre os jovens em diversos países. O Reino Unido, que ocupa a 23ª posição, também enfrenta desafios semelhantes, apresentando a menor avaliação média de vida desde 2017. O Canadá, embora tenha visto uma queda na felicidade ao longo da última década, permanece entre os 20 primeiros, ocupando o 18º lugar.