sexta-feira, janeiro 31, 2025
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Forças Armadas buscam acelerar entrega de veículos blindados.

No final de 2023, Tomás Paiva, o comandante do Exército, foi convocado urgentemente para uma reunião com o líder militar da Guiana, um país que faz fronteira com o Brasil. Durante o encontro, o general recebeu informações sobre movimentos incomuns das forças armadas de Nicolás Maduro, que estariam se rearmando com o intuito de realizar uma operação para tomar posse do território de Essequibo, uma área da Guiana rica em petróleo e ouro, e que historicamente vem sendo reivindicada pela Venezuela.

Em dezembro daquele ano, um referendo foi realizado, aprovando a anexação de Essequibo à Venezuela, o que gerou forte rejeição por parte da Guiana. Para acessar essa região, as tropas venezuelanas teriam que atravessar o Brasil, que é a única rota terrestre viável, o que constituiria um risco à soberania brasileira. O governo do Brasil foi alertado sobre a situação e prontamente tomou medidas, enviando reforços à região, incluindo mais tropas, veículos blindados e munições.

Entretanto, os equipamentos disponíveis não estavam preparados para uso imediato, pois eram armazenados em locais distantes, especialmente em Cascavel, no Paraná. O transporte dos veículos é complicado, pois depende de rodovias e balsas específicos que podem suportar o peso dessas máquinas. A movimentação das viaturas levou um mês para alcançar a área onde o conflito parecia prestes a eclodir.

A chegada tardia dos blindados foi vista com preocupação pela liderança das Forças Armadas. Por conta disso, um dos objetivos do exercício militar planejado para outubro deste ano é aprimorar o planejamento logístico e estratégico para a movimentação de materiais em situações de emergência.

Denominada Operação Atlas, essa atividade de treinamento das tropas ocorrerá em Roraima, estado vizinho à Venezuela. A escolha desse local se deu em meio ao aumento das tensões com o regime de Maduro. Durante um período de 15 dias, milhares de soldados do Exército, Marinha e Aeronáutica realizarão simulações de combate na área.

Recentemente, Maduro também mobilizou suas tropas nas fronteiras, justificando a ação como um exercício para preparar suas forças para defender a soberania e a paz do país.

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