quinta-feira, fevereiro 6, 2025
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FÓSSIL DE ANIMAL MARINHO DE 400 MILHÕES DE ANOS DESCOBERTO NO CEARÁ

Cientistas brasileiros descobriram um fóssil de cnidário com mais de 400 milhões de anos, na Formação Ipu, que faz parte da Bacia do Parnaíba. Surpreendentemente, esse exemplar antigo apresenta mais semelhanças com espécies modernas do que com aqueles que viveram em épocas anteriores. Os registros do filo que inclui animais aquáticos como águas-vivas, anêmonas-do-mar, corais e hidras são bastante raros, sendo que apenas alguns representantes dessa era, que se estendeu entre 542 e 251 milhões de anos, estão documentados.

O fóssil foi localizado na Formação Ipu, uma importante formação geológica situada na Bacia do Parnaíba, que abrange partes dos estados do Maranhão, Piauí e Ceará. A equipe de pesquisa é composta por membros da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). Os resultados desse estudo foram divulgados na revista científica Earth History and Biodiversity.

A fossilização do cnidário da espécie Arenactinia ipuensis foi viabilizada por uma comunidade de microorganismos que se formou ao redor do animal, além da rápida deposição de sedimentos de grãos grosso e outros fatores que auxiliaram na preservação. Este fóssil é o maior exemplar já registrado da espécie, com uma altura de 14 centímetros e é estimado que tenha existido há 400 milhões de anos.

A análise deste fóssil permitirá que os cientistas aprofundem seus conhecimentos sobre a anatomia interna e externa do cnidário, seu estilo de vida e sua relação com o substrato em que habitavam. Além disso, ele servirá como base para comparações com outros organismos que viveram no mesmo período.

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