O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciou uma investigação interna envolvendo 12 entidades suspeitas de desvio de recursos destinados a aposentados e pensionistas. As portarias que autorizam essa apuração foram assinadas pelo corregedor-geral substituto do INSS e publicadas no Diário Oficial da União na edição da última segunda-feira. O prazo estabelecido para a conclusão do Processo Administrativo de Responsabilização (PAR) é de 180 dias.
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) relataram que sindicatos e entidades associativas teriam feito cobranças indevidas a aposentados e pensionistas, totalizando aproximadamente R$ 6,3 bilhões de 2019 a 2024. O caso gerou a queda do presidente do INSS e do ministro da Previdência Social.
Entre as organizações investigadas estão a Associação no Brasil de Aposentados e Pensionistas da Previdência Social, a Associação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas e Idosos, e a Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura, entre outras. A lista inclui diversas associações que atuam no apoio a aposentados e pensionistas.
Em entrevista recente, o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, comentou sobre os esforços para encontrar fontes de recursos para ressarcir os beneficiários afetados pelas fraudes. Ele afirmou que medidas estão sendo implementadas para acelerar o processo de reparação. Também foi anunciado um canal específico para que aposentados e pensionistas possam solicitar o ressarcimento por descontos indevidos, parte de um plano de compensação elaborado em colaboração com a Advocacia-Geral da União e o Dataprev.
