A Polícia Civil do Acre (PCAC) prendeu, na tarde de quarta-feira (9), um dos criminosos mais procurados do Espírito Santo, que era conhecido na criminalidade como “Frankenstein”. A operação foi coordenada pela Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (DENARC/AC) e ocorreu no bairro Estação Experimental, em Rio Branco, em parceria com a Polícia Civil do Espírito Santo.
O indivíduo, com 52 anos, utilizava documentos falsos em nome de Gustavo Sérgio Alves e residia na capital acreana desde 2017. Ele mantinha uma rotina que aparentava normalidade, se apresentando como empresário e vivendo em uma residência de alto padrão no Conjunto Tangará. De acordo com o delegado da DENARC no Acre, Saulo Macedo, a investigação teve início a partir de informações repassadas pela unidade capixaba. O delegado destacou que o criminoso era uma figura influente no Espírito Santo e que foi confirmado seu envolvimento em Rio Branco utilizando identidade falsa.
A ficha criminal de “Frankenstein” é extensa e ele é associado a uma organização criminosa especializada em assaltos a instituições financeiras em diversas cidades do interior de vários estados. Ele é acusado de uma série de crimes que incluem roubos a bancos, homicídios, sequestros e tráfico de drogas. Em uma de suas condenações, foi responsabilizado pelo roubo a uma agência da Caixa Econômica Federal. Além disso, o criminoso possui histórico militar, tendo sido fuzileiro naval e, segundo as investigações, houve relatos de que ele chegou a treinar integrantes do tráfico. Com uma pena de quase 40 anos, foi transferido para o presídio federal de Catanduvas devido à sua continuidade em liderar atividades criminosas mesmo sob custódia.
Durante a execução do mandado de busca e apreensão, foram encontrados 14 cartões bancários, documentos falsos e um veículo de alto valor. As equipes de investigação também descobriram indícios de sua atuação no tráfico de drogas, facilitando a movimentação de entorpecentes do Acre para o Espírito Santo. Macedo informou que as fontes de inteligência confirmaram que ele era uma peça central no tráfico interestadual, e as investigações seguem em andamento para desvelar todas as atividades ilícitas do criminoso e para identificar outros possíveis envolvidos.
A operação que resultou na captura do foragido contou com a colaboração da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) e do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER). As investigações da PCAC continuam em curso.