Protestos em Los Angeles
Sob ordens do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, um contingente de fuzileiros navais desembarcou em Los Angeles, Califórnia, na terça-feira, 10, com o objetivo de conter os protestos que eclodiram na cidade desde o último fim de semana, em resposta às operações da ICE, a agência de imigração. Essa ação do governo federal ocorreu sem a autorização do governador da Califórnia, Gavin Newsom, e recebem críticas de diversas autoridades locais.
Desde a sexta-feira, 6, uma série de manifestações se espalhou por áreas com alta concentração de população latina, após a detenção de pelo menos 50 indivíduos em operações da ICE. Os protestos se alastraram para outras cidades nos Estados Unidos, incluindo Nova York, Filadélfia e São Francisco. As forças de segurança reagiram em várias dessas situações com o uso de gás lacrimogêneo, balas de borracha e prisões. Nos últimos três dias, 56 pessoas foram detidas em Los Angeles.
Um total de 700 fuzileiros navais foi deslocado da base de Twentynine Palms e agora ocupa posições estratégicas na cidade. Embora estes militares não tenham autorização legal para realizar prisões de civis, suas funções incluem a proteção de edifícios federais e funcionários governamentais. Adicionalmente, 2.100 membros da Guarda Nacional já estavam patrulhando a área antes da chegada dos fuzileiros. O Pentágono estima que a operação terá um custo de aproximadamente 134 milhões de dólares.
Trump justificou a decisão em uma publicação nas redes sociais, alegando que a cidade estaria “em chamas” sem a presença militar, referindo-se aos protestos como “ocupações violentas”. Em contrapartida, o governador Gavin Newsom apresentou uma ação judicial contestando que o envio de tropas federais sem consentimento do estado seja ilegal, argumentando que Trump está utilizando a crise para fortalecer sua retórica anti-imigração e mobilizar seu eleitorado.