Em uma declaração conjunta, potências do grupo econômico G7, que se reuniram em um fórum em Quebec, Canadá, manifestaram apoio à proposta de trégua apresentada pelos Estados Unidos e reafirmaram a defesa da integridade territorial da Ucrânia, que tem sido alvo de invasões.
Nesta sexta-feira, 14, o G7 afirmou seu “apoio inabalável” à Ucrânia e indicou que a Rússia pode ser alvo de novas sanções se não concordar com a proposta de cessar-fogo. O grupo enfatizou a necessidade de acordos de segurança confiáveis para evitar a “agressão” russa. A declaração foi feita ao final da reunião dos ministros das Relações Exteriores em Quebec, onde os membros do G7 reiteraram seu suporte à defesa da Ucrânia.
Na declaração, as nações participantes apoiaram a proposta de trégua dos EUA e alertaram sobre as consequências para a Rússia caso o cessar-fogo não seja alcançado. A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Melanie Joly, destacou que todos os ministros do G7 estão de acordo com a iniciativa de cessar-fogo e que agora aguardam a resposta da Rússia. Joly enfatizou ainda que “a bola está com a Rússia” em relação à situação da Ucrânia.
A unidade do G7, que inclui Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, enfrenta desafios devido à reaproximação de Donald Trump com a Rússia, especialmente desde seu retorno ao poder, assim como a pressão exercida sobre a Ucrânia desde a invasão russa em 2022.
Recentemente, uma nova dinâmica diplomática emergiu quando o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, se encontrou com autoridades ucranianas na Arábia Saudita, resultando em um acordo para uma proposta de cessar-fogo de 30 dias. Steve Witkoff, representante especial de Trump, teve uma audiência com o presidente russo Vladimir Putin em Moscou na noite de quinta-feira.
O Kremlin afirmou que Putin enviou uma mensagem a Trump sobre a proposta de trégua através de Witkoff e expressou interesse em novas conversas com Washington. Trump comentou sobre “negociações muito boas e produtivas” com Putin, embora não tenha esclarecido se houve comunicação direta ou por intermediários, e aludiu a uma expectativa de que o conflito possa estar próximo de uma resolução.