Estamos vivenciando uma nova fase denominada GEO, que significa Otimização de Motores Generativos. Essa abordagem envolve a adaptação das marcas para que sejam mencionadas em resultados de pesquisas realizadas por chatbots como o ChatGPT e ferramentas semelhantes. Historicamente, a ausência de presença no Google era considerada sinônimo de inexistência no mercado. Agora, essa ideia se estende às inteligências artificiais generativas.
Essa transformação é reflexo das mudanças nos hábitos dos usuários. A maioria das pessoas que utiliza inteligência artificial para pesquisa reconhece que os resultados fornecidos são mais rápidos e abrangentes em comparação às buscas tradicionais. Dados de uma pesquisa da consultoria Gartner indicam que houve uma redução de 25% nas buscas no Google durante o ano de 2024.
Pesquisas mostram que os consumidores brasileiros apresentam um entusiasmo particular por IAs generativas, superando a média global. Um estudo realizado pela Ipsos em colaboração com o Google, envolvendo 21 mil indivíduos em 21 países, revelou que a média global de uso de IA generativa foi de 48%, enquanto no Brasil esse número alcançou 54%.
Enquanto o foco do SEO era posicionar páginas nos resultados do Google, o GEO busca fazer com que o conteúdo se torne a principal referência utilizada ou resumida por essas IAs nas respostas a perguntas dos usuários. Para que o conteúdo seja encontrado e citado, é necessário que ele seja claro, confiável e relevante, visto que as IAs extraem informações de diversas fontes para elaborar suas respostas.
Dessa forma, não se trata apenas de proporcionar produtos e serviços de qualidade aos clientes; agora, é indispensável conquistar a aprovação das IAs para poder alcançá-los. Essa questão impacta não apenas as empresas que produzem conteúdo, mas também a manutenção da autoridade e a referência no setor, uma vez que a atualidade dos negócios está intrinsecamente ligada à produção de conteúdo.
A formulação de uma estratégia de GEO pode ser realizada de forma mais estruturada, uma vez que as IAs, em certo sentido, são mais previsíveis em suas necessidades do que o consumidor humano. Muitas das considerações relevantes para SEO continuam a ser significativas em GEO. Entre as práticas recomendadas estão:
1) Inclusão de citações e fontes confiáveis: O conteúdo que menciona dados, estudos e fontes respeitáveis tende a ser mais referenciado pelas IAs.
2) Apresentação de estatísticas e dados quantitativos: Respostas embasadas em números e fatos objetivos aumentam a credibilidade.
3) Adoção de linguagem clara e direta: Textos de fácil compreensão são mais efetivamente resumidos e utilizados pelas IAs.
4) Estabelecimento de autoridade e reputação: Marcas bem reconhecidas e conteúdos elaborados por especialistas têm maior probabilidade de serem selecionados.
5) Melhoria na estrutura do conteúdo: Listagens, títulos claros e organização lógica facilitam a extração de informações pelas IAs.
A principal distinção entre GEO e SEO reside na maneira como os motores de busca lidam com as solicitações dos usuários. Enquanto a busca convencional se baseia principalmente na combinação de palavras-chave, a executada por chatbots prioriza a qualidade do conteúdo, conforme as diretrizes acima mencionadas, que não se propõem a esgotar o assunto. Portanto, não é correto afirmar que o SEO deve ser negligenciado; ambos devem ser considerados por aqueles que desejam manter uma presença digital significativa.
