20 fevereiro 2025
HomeInternacionalGerador da Embaixada Argentina Falha e Deixa Exilados no Escuro

Gerador da Embaixada Argentina Falha e Deixa Exilados no Escuro

A embaixada da Argentina em Caracas, onde cinco opositores ao governo de Nicolás Maduro buscam asilo, enfrenta uma crise devido à falha no gerador que fornecia energia ao local, ocorrida nesta terça-feira, 18. A falta de eletricidade, água e comunicação externa tem levado os exilados a denunciarem que o regime chavista, que já havia restringido serviços vitais, intensificou o cerco contra o grupo. O governo de Maduro, por sua vez, rejeita qualquer culpa pelo ocorrido e acusa os asilados de conspirar contra a administração.

Os cinco refugiados – Magalli Meda, Pedro Urruchurtu, Claudia Macero, Omar González e Humberto Villalobos – são integrantes da equipe de María Corina Machado e estão na embaixada desde que, há quase um ano, o regime de Nicolás Maduro expulsou os diplomatas argentinos e agravou a repressão à oposição.

A proteção do local foi assumida pelo Brasil, mas a situação se deteriorou ainda mais com o corte de serviços essenciais, incluindo eletricidade e água potável, além da limitação do acesso a caminhões de água, que anteriormente abasteciam o local a cada 13 dias com 2.000 litros de água. Consoante ao Comando com Venezuela, plataforma associada à principal candidatura de oposição nas eleições de 2024, o gerador já operava de maneira deficiente, especialmente após técnicos da Corporação Elétrica Nacional (Corpoelec) removerem os fusíveis da residência há três meses.

Os cinco exilados no complexo diplomático relatam a ausência de luz, água e conectividade. A crise ocorreu apenas três dias após uma denúncia pública sobre o cerco imposto pelo regime de Maduro. Sem o funcionamento do gerador, os alimentos armazenados na embaixada correm o risco de se deteriorar, e a falta de eletricidade e água compromete ainda mais as condições de permanência dos asilados.

A líder da oposição, María Corina Machado, utilizou suas redes sociais para criticar a falha no gerador e a inação da comunidade internacional, descrevendo a situação como “tortura pura e dura”. Ela acusou o governo de Maduro de violar acordos internacionais referentes à proteção de refugiados e fez um apelo para que “o mundo democrático atue agora”. Enquanto isso, as autoridades venezuelanas continuam a desresponsabilizar-se pelo incidente, acusando os exilados de tentativas de desestabilização do país.

NOTÍCIAS RELACIONADAS
- Publicidade -

NOTÍCIAS MAIS LIDAS

error: Conteúdo protegido !!