20 fevereiro 2025
HomeNegóciosGestora de Private Equity: A Nova Força da Nissan Após Fracasso na...

Gestora de Private Equity: A Nova Força da Nissan Após Fracasso na Fusão com a Honda

Após cerca de dois meses de negociações, Honda e Nissan anunciaram oficialmente o encerramento das conversas sobre uma fusão, que também incluiriam a Mitsubishi, resultando em uma companhia avaliada em 60 bilhões de dólares.

Com o fim dessa discussão, o foco das atenções se dirige à Nissan, que está implementando um plano de recuperação. Este plano prevê a redução de 9 mil funcionários e 20% da capacidade global da montadora, que necessita de recursos financeiros para reestruturar suas operações e modernizar seu portfólio.

A montadora não deve enfrentar essa situação sozinha. A KKR, uma gestora americana de private equity, está considerando investir na Nissan. Informações indicam que estas negociações estão em andamento, embora a KKR ainda esteja na fase inicial de avaliação de um possível investimento, seja na forma de ações ou dívida, para ajudar a Nissan.

A busca da Nissan por novas parcerias se intensificou após sinais de que as conversas com a Honda estavam chegando ao fim. A empresa está interessada em atrair um sócio do setor de tecnologia, preferencialmente com sede nos Estados Unidos.

Caso a KKR finalize um acordo com a Nissan, isso consolidaria vínculos mais estreitos com o Japão, onde a gestora já possui uma presença significativa. Aproximadamente 39% do portfólio da KKR se concentra na região da Ásia-Pacífico, incluindo doze investimentos realizados no Japão desde 2010, que geraram um múltiplo bruto de 2,2 vezes sobre o capital investido.

Além disso, a KKR está envolvida em várias transações no Japão. Recentemente, aumentou sua proposta pela empresa de software Fuji Soft, em uma competição com a Bain Capital.

No que diz respeito à Nissan, é possível que a KKR enfrente concorrência por investimento. A Foxconn, uma empresa taiwanesa notável por fabricar produtos como os iPhones da Apple, declarou a sua intenção de adquirir a participação de 36% que a Renault possui na fabricante japonesa.

A Nissan divulgou um comunicado informando que, desde a assinatura do memorando de entendimentos em 23 de dezembro de 2024, as duas empresas exploraram diferentes alternativas para a integração de suas operações. A proposta inicial de uma holding conjunta foi substituída pela ideia de que a Honda se tornasse a controladora e a Nissan uma subsidiária, por meio de uma troca de ações.

A Nissan concluiu que, para agir de maneira mais ágil e eficaz em um mercado em constante mudança e num cenário voltado para a eletrificação, seria mais apropriado encerrar as discussões e rescindir o memorando de entendimentos. A montadora ainda apontou que, no futuro, pretende colaborar com a Honda em uma parceria estratégica voltada para a revolução da inteligência e dos veículos elétricos.

NOTÍCIAS RELACIONADAS
- Publicidade -

NOTÍCIAS MAIS LIDAS

error: Conteúdo protegido !!