O deputado federal Glauber Braga, do PSOL do Rio de Janeiro, interrompeu sua greve de fome, que teve início em 9 de abril, coincidindo com a aprovação de um parecer que recomendou sua cassação pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Essa interrupção ocorreu após um acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, que garantiu um prazo mínimo de sessenta dias para que Glauber pudesse “defender seu mandato” antes que o processo fosse levado ao plenário.
Durante os oito dias em que ficou sem se alimentar, o deputado se limitou a ingerir água, soro e isotônicos. Informações de sua assessoria indicam que ele perdeu cerca de cinco quilos desde o início do protesto. Em decorrência de recomendações médicas, ele seguirá um protocolo de transição para retornar gradualmente à alimentação normal.
Antes de finalizar a greve de fome, Glauber submeteu o acordo alcançado com Hugo Motta a uma plenária popular de seus apoiadores, que contou com a presença de aproximadamente trinta pessoas, incluindo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ela veio do aeroporto de Brasília diretamente para o plenário 5 da ala de comissões da Câmara para apoiar o deputado.
