13 abril 2025
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Glauber em Greve de Fome: Isotônicos e Black Mirror, Revela o PSOL

O deputado federal Glauber Braga, do PSOL do Rio de Janeiro, informou que irá prosseguir com sua greve de fome na Câmara dos Deputados durante o fim de semana. Desde quinta-feira, ele tem se alimentado exclusivamente de líquidos, conforme declarado por sua equipe, como parte de um protesto contra o pedido de cassação de seu mandato.

Em um comunicado emitido no sábado, atribuído a seus assessores, foi mencionado que Braga já está há 84 horas sem se alimentar, consumindo somente água, água de coco e isotônicos. Além disso, a equipe relatou que o deputado está dormindo cerca de quatro horas por noite e, em uma das noites recentes, assistiu a um episódio da série “Black Mirror”.

Foi informado que o sábado será reservado para visitas familiares. O deputado tem recebido a família na Câmara, onde também pernoita e passa seus dias. No dia 9, o Conselho de Ética da Câmara aprovou, por 13 votos a 5, um parecer favorável ao pedido de cassação devido à alegada quebra de decoro parlamentar.

Braga declarou que permanecerá nas dependências da Câmara dos Deputados até que o processo contra ele seja concluído. As acusações contra o parlamentar incluem ter empurrado e expulso um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) do Congresso Nacional durante um incidente ocorrido em 2024, no qual ele também teria agredido fisicamente o homem.

O partido PSOL caracteriza o processo no Conselho de Ética como uma “articulação golpista”. Glauber alega que a ação é resultado de represálias por parte do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, devido a denúncias feitas por ele em relação ao caso do orçamento secreto, o que Lira nega.

Recentemente, o relator do processo no Conselho de Ética, deputado Paulo Magalhães, do PSD da Bahia, apresentou o parecer que solicita a cassação de Glauber. No relatório, foi afirmado que o deputado “extrapolou os direitos inerentes ao mandato, abusando, assim, das prerrogativas que possui”. O parlamentar tem a opção de recorrer da decisão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Caso a CCJ negue o recurso, o processo será enviado ao plenário, onde será necessária uma aprovação com pelo menos 257 votos para que a cassação aconteça.

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