Durante uma sessão na Câmara dos Deputados em 29 de abril, um deputado do PL fez declarações ofensivas, referindo-se à ministra das Relações Institucionais de forma desrespeitosa.
Na última segunda-feira (5), a ministra Gleisi Hoffmann (PT) protocolou uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal contra o deputado Gilvan da Federal, um político já conhecido por suas controvérsias. As acusações incluem ameaças à vida do presidente Lula e insinuações degradantes dirigidas à ministra. O episódio ocorreu durante uma reunião da comissão de segurança, que contou com a presença do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. A situação se intensificou após um confronto entre Gilvan e o deputado Lindberg Farias (PT), que é o companheiro de Gleisi Hoffmann.
Em resposta à queixa-crime, Gilvan da Federal fez um discurso na tribuna da Câmara, no qual expressou seu arrependimento. Ele se comprometeu a mudar seu comportamento e a se desculpar com aqueles que se sentiram ofendidos, incluindo o presidente da Câmara. Gilvan reconheceu que suas declarações foram excessivas, feitas em um momento de tensão, e se mostrou aberto a qualquer punição que lhe fosse imposta. Ele reafirmou seu compromisso de não repetir tais condutas no futuro.
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados agora está encarregado de avaliar uma representação que pede a suspensão do mandato de Gilvan da Federal por um período de seis meses. A mesa diretora da Câmara solicitou essa análise, que está agendada para a terça-feira (6). Diversos parlamentares consideram a suspensão necessária dado o peso das ofensas, que afetaram não apenas o presidente da República, mas também a ministra Gleisi Hoffmann.
