Após a remoção do vídeo em que uma linha de crédito era referida como “empréstimo do Lula”, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais retomou a divulgação da iniciativa, utilizando uma terminologia diferente. No último sábado, a ministra havia promovido o vídeo que dizia: “Apertou o orçamento? O juro está alto? Pega o empréstimo do Lula”.
A linha de crédito, disponível no aplicativo da Carteira de Trabalho, permite que trabalhadores do setor privado usem o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia para obter empréstimos com taxas de juros mais baixas. Desde a retirada do vídeo anterior, a ministra compartilhou um novo vídeo do presidente Lula abordando a medida e, nesta terça-feira, fez uma nova publicação sobre a linha de crédito.
Na postagem recente, a ministra não se referiu ao programa como “empréstimo do Lula”, mas utilizou o título oficial – “Crédito do Trabalhador” – afirmando que a iniciativa foi “lançada pelo presidente Lula”.
A utilização do termo “empréstimo do Lula” gerou críticas da oposição, que acusou a ministra de agir de maneira inadequada ao associar diretamente o programa ao presidente. O partido Novo apresentou uma representação ao Tribunal de Contas da União (TCU), solicitando a responsabilização da ministra e a proibição de novas publicações relacionadas que mencionem o referenciado termo em canais oficiais.
A alegação do partido é de que a associação do nome do presidente da República a um programa público configura um desvio da finalidade da publicidade institucional, ao promover a imagem pessoal de um agente político.