A Globo foi condenada a pagar R$30 mil ao goleiro Alexandre Cajuru devido à repetição de um erro de sua parte durante uma partida do CSA, veiculado na programação do Sportv. Segundo a defesa, o vídeo foi exibido ao menos 4.800 vezes, o que causou “sérios dissabores” ao atleta no meio futbolístico. A emissora foi julgada em primeira instância em 2023, mas fez um recurso, alegando que o número de exibições era “fantasioso”, porém esse recurso não foi aceito.
Alexandre Rosa Paschoalato, de 32 anos, está sem clube desde dezembro do ano anterior. O apelido Cajuru faz referência à cidade onde a família do jogador residiu. Seu pai, Celso Cajuru, também foi goleiro, jogando no Botafogo-SP e no Paraná. A formação de Alexandre ocorreu nas categorias de base do Athletico-PR, estreando como profissional em 2013. Passou por empréstimos no Guaratinguetá e na Ferroviária, e se juntou ao CSA em 2017, mas não conseguiu se firmar como titular. Em 2020, um erro cometido em uma partida contra o Sport, pelo Campeonato Brasileiro da Série B, resultou em sua não participação em jogos futuros pela equipe de Maceió.
Após sua saída do CSA, Alexandre passou por clubes como Jacuipense e Grêmio de Anápolis, onde ficou por menos de um mês em 2022, e chegou ao Paranoá no ano passado, mas está sem atuar desde dezembro.
Em 2023, a condenação da Globo baseou-se nas afirmações de que o lance da falha foi exibido em mais de 4.800 ocasiões no Sportv. O advogado de Cajuru, João de Araújo Júnior, declarou à Justiça que a situação enfrentada pelo jogador ultrapassa limites aceitáveis, arruinando a carreira de um jovem cheio de sonhos. A Globo contestou a decisão inicial, afirmando que, apesar da contagem apresentada, o goleiro conseguiu comprovar a exibição do vídeo apenas em três ocasiões. No entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu pela manutenção da condenação, alegando que houve uma exposição excessiva e abusiva do lance, conforme o desembargador Marcello Perino. A emissora ainda poderá recorrer da decisão.