Governistas estão atuando para proteger o deputado Glauber Braga, do PSOL do Rio de Janeiro, no plenário da Câmara dos Deputados e analisam estratégias para pedir a suspensão de seu processo de cassação. Em uma votação realizada na quarta-feira, o Conselho de Ética da Câmara decidiu, por 13 votos a 5, favoravelmente ao parecer que solicita a cassação de Glauber devido à quebra de decoro parlamentar. Ele é acusado de agredir fisicamente um membro do Movimento Brasil Livre (MBL) durante uma confusão ocorrida em 2024.
Após a decisão do Conselho de Ética, o deputado tem a opção de recorrer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Caso a CCJ não aprove o recurso, o processo será encaminhado ao plenário, onde a cassação necessitará do apoio de pelo menos 257 votos para ser efetivada.
Os governistas reconheceram, em conversas com a imprensa, que a aprovação do recurso na CCJ é improvável. Por essa razão, aliados de Glauber estão considerando a possibilidade de transformar o processo de cassação em um pedido de suspensão, o que implicaria uma sanção menos grave do que a perda do mandato. Eles estão avaliando alternativas, como a apresentação de emendas ou a nomeação de um novo relator no plenário.
Líderes aliados enfatizam a necessidade de explorar todas as opções disponíveis e de compreender a posição dos demais líderes partidários sobre o assunto. As discussões também envolverão o presidente da Câmara, Hugo Motta, que tem influência sobre a agenda do plenário. Historicamente, a última cassação aprovada no plenário da Câmara ocorreu em 2021, com a então deputada Flordelis, do PSD do Rio de Janeiro.
