Na sexta-feira (14), o governo da Argentina, através do Ministério da Justiça, formalizou uma denúncia contra indivíduos que participaram da organização de um protesto que resultou em confrontos violentos. As acusações incluem os crimes de sedição, atentado à ordem constitucional e à vida democrática, além de associação ilícita. Entre os citados estão torcidas organizadas de futebol, prefeitos das cidades de La Matanza e Lomas de Zamora, assim como Leandro Capriotti, um militante peronista. O governo argumenta que essas figuras incitaram a violência sob a alegação de apoio a um ato em defesa dos direitos dos aposentados.
Conforme o Código Penal argentino, as penas relacionadas ao crime de sedição variam de um a três anos de prisão, enquanto a associação ilícita pode resultar em uma pena de detenção que varia de um mês a cinco anos. O prefeito de La Matanza, Fernando Espinoza, manifestou que o governo está tentando encobrir a repressão aos manifestantes. Além disso, a administração de Javier Milei criticou a decisão de uma juíza que optou pela liberação dos detidos, acusando-a de não cumprir com suas obrigações funcionais.
Durante a manifestação, um ativista brasileiro foi preso e afirmou que a detenção foi arbitrária. Residentes da área relataram que a polícia abordou pessoas que não representavam qualquer risco, levantando questionamentos sobre a conduta das forças de segurança. O presidente Javier Milei expressou apoio à ministra Patricia Bullrich e fez críticas aos manifestantes envolvidos em ações violentas.
