19 abril 2025
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Governo de SP Garantirá Moradia para Todos na Favela do Moinho

O Governo do Estado de São Paulo anunciou a oferta de 1.500 novas habitações para os residentes da Favela do Moinho, localizada no centro da capital paulista. A estratégia do governo envolve a realocação das famílias para permitir a transformação da área em um parque urbano. As novas moradias serão situadas no centro da cidade, com mais de mil unidades distribuídas em bairros como Brás, Vila Buarque, Campos Elísios e Barra Funda.

De acordo com uma nota oficial, a intenção da disponibilização dessas moradias é preservar, na medida do possível, a dinâmica familiar das pessoas que optarem por permanecer nas regiões centrais. Para as famílias que escolherem se mudar para outras áreas da cidade, foram disponibilizados 499 imóveis em locais como Jaraguá, Vila Matilde, Chácara Califórnia, Ipiranga e Cachoeirinha, entre outros. A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) informou que está em diálogo com os moradores para entender suas necessidades específicas durante o processo de realocação.

Reportagens indicam que membros do governo federal estão monitorando de perto o processo de remoção das famílias da Favela do Moinho. O governo federal solicitou informações detalhadas sobre o planejamento da retirada e sobre a política habitacional implementada pela gestão do governador Tarcísio de Freitas. A maior parte do terreno ocupada pela comunidade pertence à União, e a transferência da posse ainda está em fase de negociação.

A justificativa apresentada pelo Governo de São Paulo para a desocupação da área está relacionada à sua localização, que se encontra entre linhas de trem, apresentando dificuldades de escoamento e acesso, uma vez que é uma área murada com apenas uma entrada. Além disso, a comunidade está situada ao nível da linha férrea, o que expõe os residentes a riscos significativos durante a passagem dos trens. A nota do governo menciona que a movimentação das composições provoca tremores e níveis de ruído superiores aos toleráveis por mais de 18 horas por dia.

O local também apresenta uma alta densidade de moradias e uma considerável incidência de fiação exposta. Já foram registrados dois incêndios de grande proporção na área, resultando em mortes e em pessoas desabrigadas. Moradores e líderes comunitários da região clamam por um diálogo efetivo com o governo, solicitando que qualquer retirada seja realizada com acompanhamento e cuidado adequado.

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