O Ministério das Relações Exteriores do Brasil está avaliando a retirada terrestre, através da Jordânia, de duas comitivas brasileiras que se encontram em Israel durante a intensificação do conflito com o Irã. O grupo é composto por pelo menos 41 autoridades estaduais e municipais que participavam de uma feira de tecnologia e segurança, quando o país foi alvo de ataques iranianos em resposta a bombardeios israelenses direcionados a instalações nucleares no Irã. O ministro Mauro Vieira dialogou recentemente com o seu colega jordaniano, Ayman Safadi, para facilitar a evacuação pela fronteira, assim que as condições de segurança permitirem. Atualmente, a opção de transporte terrestre é considerada a única viável, devido ao fechamento do espaço aéreo nas regiões de Israel, Irã e Iraque.
As comitivas incluem prefeitos e secretários de cidades de diversos estados, além de integrantes do Consórcio Brasil Central. Entre os presentes estão os prefeitos de Belo Horizonte (MG), Álvaro Damião, e de João Pessoa (PB), Cícero Lucena, além do governador de Rondônia, Marcos Rocha. Os membros relataram estar em um local seguro, que conta com abrigo antiaéreo, mas ainda não possuem uma previsão para a saída.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores informou que a embaixada brasileira em Tel Aviv está em contato contínuo com os grupos e solicitou ao governo de Israel que priorize a segurança e a saída das delegações. As autoridades israelenses, por sua vez, recomendaram aos estrangeiros que permaneçam no país até que seja seguro viajar.
Desde a noite de quinta-feira, quando Israel atacou alvos militares e nucleares no Irã, os confrontos se intensificaram. O Irã reagiu com uma série de lançamentos de drones e mísseis, resultando na morte de pelo menos 60 pessoas em Teerã, conforme informou o governo local. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, fez declarações ameaçadoras, afirmando que “Teerã vai queimar”. A tensão aumentou ainda mais durante a noite, com ataques mútuos ocorrendo na região.
