A Força Nacional de Segurança Pública foi convocada para atuar no Extremo Sul da Bahia, região que tem enfrentado frequentes conflitos agrários envolvendo indígenas, agricultores e empresários locais. O Governo da Bahia anunciou essa convocação com o objetivo de garantir a “paz e a ordem pública”. A iniciativa foi proposta pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e recebeu aprovação do Ministério dos Povos Indígenas, bem como do Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (MUPOIBA).
A divulgação dessa medida ocorreu dois dias antes da celebração do Dia dos Povos Indígenas e pouco mais de uma semana após a morte de João Celestino Lima Filho, de 50 anos, que foi baleado em um conflito fundiário em uma fazenda em Prado, no dia 6 de abril. No mês anterior, um indígena Pataxó, identificado como Vitor Braz, também foi assassinado a tiros durante um ataque à sua comunidade, que está em processo de demarcação.
Em resposta a esses episódios de violência, a Polícia Civil da Bahia conduziu a Operação Pacificar, resultando na prisão de mais de 10 indivíduos e na apreensão de armamentos. A Força Nacional, constituída por policiais militares, bombeiros, policiais civis e peritos, é mobilizada em situações emergenciais. De acordo com informações do governo baiano, a atuação da equipe se concentrará em áreas de interesse e serviços da União, em colaboração com as autoridades locais, embora os locais exatos de operação não tenham sido divulgados.
