No final de março, o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil decidiu suspender feiras, torneios e exposições que envolvem a aglomeração de aves. Essa medida foi adotada em um contexto de alerta máximo em relação à gripe aviária, especificamente para evitar a disseminação do vírus H5N1, que causa a influenza aviária altamente patogênica.
Além disso, o governo brasileiro anunciou a prorrogação do estado de emergência zoossanitária por um período adicional de 180 dias em todo o país. Esta prorrogação tem como objetivo reforçar as ações preventivas no combate ao H5N1, permitindo uma resposta rápida a novos focos da doença e facilitando a liberação de recursos essenciais. A colaboração entre os níveis federal, estadual e municipal de governo também será fortalecida nesse contexto.
A flexibilização da proibição de eventos que promovam a aglomeração de aves só ocorrerá após uma rigorosa avaliação técnica e a aprovação de um plano de biossegurança. Desde maio de 2023, foram registrados 166 focos de gripe aviária no Brasil, a maioria deles em aves silvestres. Apenas três casos foram observados em criações de subsistência, enquanto as granjas comerciais permanecem protegidas, permitindo que o Brasil mantenha seu status como país livre da doença, conforme definido pela Organização Mundial da Saúde Animal.
Embora o risco imediato à produção em larga escala não seja uma preocupação atual, a vigilância sobre a situação continua a ser intensa. As autoridades afirmam que a prevenção é o caminho mais eficaz para promover a saúde animal e garantir a segurança alimentar no país.