O debate sobre o projeto de lei da Anistia no Brasil está gerando intenso movimento no Congresso Nacional. A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) está atualmente avaliando o nível de apoio dos deputados a esta proposta. Por outro lado, a oposição alega ter cerca de 300 votos favoráveis na Câmara dos Deputados, enquanto os aliados do governo projetam apenas 200 votos. O Partido Liberal (PL) afirma ter conseguido coletar o número necessário de assinaturas para aprovar um requerimento de urgência, mas está aguardando o retorno do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que encontra-se em viagem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para que a questão seja debatida na próxima semana.
Hugo Motta foi eleito presidente da Câmara com o apoio de diferentes grupos políticos e, por essa razão, tem mantido uma postura neutra, buscando um consenso entre os líderes antes de levar o projeto a votação. A prática de mapeamento de votos é rotineira durante questões de grande importância no Congresso, e o PL acredita ter o respaldo de nove partidos para prosseguir com a proposta, indicando que, uma vez que Motta retorne, a pressão para decidir sobre o projeto aumentará consideravelmente.
Os aliados do governo expressam preocupações sobre a constitucionalidade da proposta e, caso ela avance, afirmam que irão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Essa reação visa prevenir a instabilidade política e o surgimento de conflitos com o STF, sugerindo um possível adiamento do tema. O ex-presidente Jair Bolsonaro também comentou sobre a proposição, enfatizando que a intenção é ajudar aqueles que se encontram detidos injustamente, distantes de qualquer benefício pessoal.